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O Peixinho Encantado
created Yesterday, 22:07 by tecale
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Era uma velha que tinha um filho tão preguiçoso que passava o dia deitado. Não sabia fazer coisa alguma e se a mãe não arranjasse o que comer morria de fome. A velha, perdendo a paciência, pegou dum pau e deu umas pancadas no preguiçoso, obrigando-o a sair de casa e ganhar fosse quanto fosse.
- Vá buscar nem que seja lenha para o fogo!
O preguiçoso saiu se arrastando e gemendo, bem devagar até a mata.
Sentou-se uns tempos sem ânimo para quebrar um galhinho de pau seco.
Vindo a sede, lembrou-se que ali estava um poço muito fundo. Meteu a mão n'água e, com grande surpresa, trouxe um peixinho vivo, pulando ainda. O preguiçoso ia metê-lo no bolso quando o peixinho falou por aqui assim:
- Não me mates. Se me sacudires dentro do poço, darei tudo o que pedires dizendo: "Querendo Deus e meu peixinho"...
O preguiçoso, com preguiça de levar o peixe, sacudiu-o novamente dentro do poço. Esteve sentado, imaginando a trouxa de lenha que precisava fazer. Finalmente, para experimentar, disse:
- Querendo Deus e meu peixinho, apareça aqui um feixe bem grande de lenha. Apareceu um feixe que era um despotismo de grande. O preguiçoso nem tentou levantar uma ponta, tão pesado era. Tornou a falar:
- Querendo Deus, e meu peixinho, quero ir para casa montado neste feixe de lenha.
Escanchou-se no feixe e este saiu numa carreira doida. Toda a gente que ia vendo aquela arrumação caía na gargalhada e o preguiçoso ficava zangado com a mangação. Por fim o feixe passou diante do palácio do rei onde a princesa e suas amigas estavam, na varanda, tomando fresco.
Quando viram aquela marmota, deram uma risada que não acabava mais.
O preguiçoso, vendo as risadas da princesa. disse:
-Querendo Deus e meu peixinho, a princesa terá um filho meu!
chegando em casa, o preguiçoso entregou o feixe de lenha, deitou-se e daí em diante viveu muito bem com a velha, pedindo tudo ao peixinho.
A princesa adoeceu e os médicos, depois de muito exame e remédio, descobriram que ela estava esperando criança. O reio quase fica doido.
Veio um menino muito bonito e ninguém sabia quem era o pai. O reio botou aviso para que todos os homens se reunissem numa praça. Foram todos, até o preguiçoso. A princesa veio com o filhinho, com o rei e a corte. Iam todos passando pelo meio do povo. Quando o menino viu o preguiçoso, estirou as mãozinhas e agarrou-se nele, gritando.
- Papai!
O rei mandou prendê-lo incontinenti, assim como a filha, e meteu-os com o neto, num grande caixão , sacudindo tudo ao mar. O caixão saiu boiando, barra a fora...
O preguiçoso, deitado no caixão, nem -como -coisa, muito satisfeito brincando com o filho. Depois que a fome chegou e que comeram do bom e do melhor, o rapaz disse:
- Querendo Deus e meu peixinho, esse caixão dê numa praia perto do palácio do rei.
O caixão correu em cima d'água como um peixe. Deu numa praia e parou. Saíram todos de dentro e o preguiçoso disse:
- Querendo Deus e o meu peixinho, apareça aqui um palácio muito mais bonito e preparado do que o do rei.
Imediatamente um palácio formoso apareceu. O preguiçoso, a princesa e o menino foram viver com ricos, tendo criados, carruagens e todos os preparos.
O rei, muito triste e arrependido pelo que fizera, passava parte da noite sem sono, passeando. Numa dessas noites avistou ao longe um clarão e mandou saber o que era. Disseram que era um palácio mais bonito que o palácio real, todo iluminado. O rei, pela manhã, saiu para ver. Encontrou o palácio e não se cansava de admirar. Foi se chegando para perto e avistou um moço bem-parecido e delicado que o convidou para entrar e almoçar. Vai, o reio aceita, não reconhecendo o preguiçoso.
No fim do almoço, o preguiçoso, com as artes do peixinho, fez aparecer no bolso do rei uma colher de ouro da mesa. Acabando de comer, o moço deu pela falta de uma colher de ouro e desconfiou do rei. Este se defendeu, já alterando. o moço mandou revistar e foi achada a colher no bolso do rei, que ficou acabrunhado pela vergonha.
-Como é que eu sou ladrão sem saber?
-Da mesma forma que sua filha foi mãe sem querer! - respondeu o moço, dando-se a conhecer.
Chamaram a princesa e o menino para o rei abençoar. Fizeram as pazes e foi a vida mais feliz deste mundo.
- Vá buscar nem que seja lenha para o fogo!
O preguiçoso saiu se arrastando e gemendo, bem devagar até a mata.
Sentou-se uns tempos sem ânimo para quebrar um galhinho de pau seco.
Vindo a sede, lembrou-se que ali estava um poço muito fundo. Meteu a mão n'água e, com grande surpresa, trouxe um peixinho vivo, pulando ainda. O preguiçoso ia metê-lo no bolso quando o peixinho falou por aqui assim:
- Não me mates. Se me sacudires dentro do poço, darei tudo o que pedires dizendo: "Querendo Deus e meu peixinho"...
O preguiçoso, com preguiça de levar o peixe, sacudiu-o novamente dentro do poço. Esteve sentado, imaginando a trouxa de lenha que precisava fazer. Finalmente, para experimentar, disse:
- Querendo Deus e meu peixinho, apareça aqui um feixe bem grande de lenha. Apareceu um feixe que era um despotismo de grande. O preguiçoso nem tentou levantar uma ponta, tão pesado era. Tornou a falar:
- Querendo Deus, e meu peixinho, quero ir para casa montado neste feixe de lenha.
Escanchou-se no feixe e este saiu numa carreira doida. Toda a gente que ia vendo aquela arrumação caía na gargalhada e o preguiçoso ficava zangado com a mangação. Por fim o feixe passou diante do palácio do rei onde a princesa e suas amigas estavam, na varanda, tomando fresco.
Quando viram aquela marmota, deram uma risada que não acabava mais.
O preguiçoso, vendo as risadas da princesa. disse:
-Querendo Deus e meu peixinho, a princesa terá um filho meu!
chegando em casa, o preguiçoso entregou o feixe de lenha, deitou-se e daí em diante viveu muito bem com a velha, pedindo tudo ao peixinho.
A princesa adoeceu e os médicos, depois de muito exame e remédio, descobriram que ela estava esperando criança. O reio quase fica doido.
Veio um menino muito bonito e ninguém sabia quem era o pai. O reio botou aviso para que todos os homens se reunissem numa praça. Foram todos, até o preguiçoso. A princesa veio com o filhinho, com o rei e a corte. Iam todos passando pelo meio do povo. Quando o menino viu o preguiçoso, estirou as mãozinhas e agarrou-se nele, gritando.
- Papai!
O rei mandou prendê-lo incontinenti, assim como a filha, e meteu-os com o neto, num grande caixão , sacudindo tudo ao mar. O caixão saiu boiando, barra a fora...
O preguiçoso, deitado no caixão, nem -como -coisa, muito satisfeito brincando com o filho. Depois que a fome chegou e que comeram do bom e do melhor, o rapaz disse:
- Querendo Deus e meu peixinho, esse caixão dê numa praia perto do palácio do rei.
O caixão correu em cima d'água como um peixe. Deu numa praia e parou. Saíram todos de dentro e o preguiçoso disse:
- Querendo Deus e o meu peixinho, apareça aqui um palácio muito mais bonito e preparado do que o do rei.
Imediatamente um palácio formoso apareceu. O preguiçoso, a princesa e o menino foram viver com ricos, tendo criados, carruagens e todos os preparos.
O rei, muito triste e arrependido pelo que fizera, passava parte da noite sem sono, passeando. Numa dessas noites avistou ao longe um clarão e mandou saber o que era. Disseram que era um palácio mais bonito que o palácio real, todo iluminado. O rei, pela manhã, saiu para ver. Encontrou o palácio e não se cansava de admirar. Foi se chegando para perto e avistou um moço bem-parecido e delicado que o convidou para entrar e almoçar. Vai, o reio aceita, não reconhecendo o preguiçoso.
No fim do almoço, o preguiçoso, com as artes do peixinho, fez aparecer no bolso do rei uma colher de ouro da mesa. Acabando de comer, o moço deu pela falta de uma colher de ouro e desconfiou do rei. Este se defendeu, já alterando. o moço mandou revistar e foi achada a colher no bolso do rei, que ficou acabrunhado pela vergonha.
-Como é que eu sou ladrão sem saber?
-Da mesma forma que sua filha foi mãe sem querer! - respondeu o moço, dando-se a conhecer.
Chamaram a princesa e o menino para o rei abençoar. Fizeram as pazes e foi a vida mais feliz deste mundo.
